terça-feira, 10 de junho de 2008

Continuação: Série Painel Biobio

Fármacos para obesidade
Muito se tem discutido a respeito das drogas utilizadas no tratamento contra obesidade. Muitos especialistas são contra o uso de certas drogas, bem como, alertam para o abuso que muitos indivíduos, até profissionais andam cometendo. É comum que a pessoa que deseja emagrecer procure a farmácia como uma solução rápida. Porém atrás dessa ilusória se escondem os efeitos colaterais. Já está mais do que comprovado que somente o uso de drogas não é suficiente para uma perda de peso permanente, saudável e eficiente. Nos planos de perda de peso deve estar incluída a mudança dos hábitos alimentares, bem como a prática de exercícios físicos.
É necessário também que o paciente procure ajuda de médicos e nutricionistas. Os fármacos podem ser indicados por especialistas nos casos de obesidade mórbida em que já há o comprometimento da saúde do indivíduo. Somente o médico pode fazer a prescrição desses remédios depois de uma análise bastante criteriosa do quadro clínico do paciente. Os fármacos para combate à obesidade se dividem em três grupos, de acordo com seu principal modo de ação. O primeiro grupo atua sobre o sistema nervoso central modificando o apetite e a conduta alimentar. São exemplos desse primeiro grupo: fenproporex, anfepramona, fluoxetina, sertralina e sibutramina. O segundo grupo de drogas atua sobre o metabolismo incrementando a maior produção de calor com maior gasto energético.
Efedrina e cafeína fazem parte desse grupo. O terceiro grupo age sobre o sistema gastrointestinal diminuindo a absorção de gorduras, como o orlistat. A fluoxetina e a sertralina, apesar de não serem medicamentos anti-obesidade, podem ser úteis em alguns tipos de pacientes obesos como em comedores compulsivos, acometidos por bulimia nervosos ou obesos deprimidos. Além dessas drogas, outras substâncias são utilizadas no tratamento contra a obesidade como diuréticos, fibras e hormônios de crescimento e da tireóide.
A característica desejada no fármaco é que seu efeito final seja sobre tecidos adiposos e não sobre a água do corpo. È desejado também que não haja efeitos colaterais ou que eles sejam tolerados. Para que essas metas sejam atingidas, é necessário que a confiabilidade do remédio seja comprovada pelas organizações competentes de cada país. A suspensão temporária das drogas leva à retomada de ganho de peso. Dessa forma, quando for pertinente o uso de fármacos, que o tratamento seja prolongado. O uso indiscriminado dessas medicações envolve problemas a longo prazo como efeitos colaterais.
Em 1997, um grupo de pesquisadores relatou 24 casos de mulheres que haviam desenvolvido uma doença nas válvulas cardíacas após a utilização de fentermina associada à fenfluramina. Alguns efeitos colaterais podem levar ao infarto do miocárdio, bem como a problemas na aorta devido ao comprometimento de sua válvula. Dessa forma, o uso de medicações em casos de obesidade é eficaz desde que submetidos a indicações. Remédios que dão certo para alguns podem causar sérios danos a outros, por isso é necessário um severo acompanhamento médico.

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