A idéia de um corpo escultural é muito divulgado pela mídia por meio de mensagens implícitas e, muitas vezes, explícitas. Esse culto à bela forma arrasta milhares de pessoas a beira da depressão e engorda, sem duplo sentido, a conta das indústrias farmacêuticas. Fármacos usados no combate à obesidade são modestamente efetivos, pois provocam efeitos colaterais indesejados e não liquidam totalmente o excesso de sobrepeso. Podemos dizer que eles se incluem numa estratégia terapêutica na neutralização da obesidade. Estão classificados em três grandes categorias que:
- atuam sobre o sistema nervoso central modificando o apetita ou a conduta alimentar;
- atuam sobre o metabolismo aumentando a termogênese;
- atuam sobre o sistema gastrointestinal diminuindo a absorção de gorduras.
Analisando um exemplo de cada podemos citar a Sibutramina que afeta a recaptação de noradrenalina e serotonina diminuindo a ingesta alimentar e aumentando o gasto calórico; a Efedrina que promove aumento na produção de calor e, portanto, maior consumo de energia; o Orlistat que bloqueia a absorção de triglicérides no intestino e diminui a ingesta alimentar.
Agora vamos analisar os efeitos colaterais de cada um: a Sibutramina causa taquicardia e aumento da pressão arterial; a Efedrina tem efeitos semelhantes ao remédio anterior; o Orlistat provoca incontinência fecal com diarréia gordurosa além de diminuição na captação de vitaminas lipossolúveis (K, A, D, E). Além desses, o Rimonabant provoca náuseas, diarréias e problemas psíquicos (principalmente depressão).
Esses fármacos são usados por pessoas obesas que tentam emagrecer, mas também por pessoas magras que sonham em alcançar um corpo perfeito (que não existe, uma vez que perfeição está muito associado a gostos e preferências individuais). Entretanto, novas estratégias estão sendo repensadas como forma de minimizar os efeitos viciantes e erradicar a procura desenfreada por esses medicamentos que são, teoricamente, de comercialização proibida sem o uso de receita médica. Assim, estudos realizados procuram um mecanismo de ação molecular que seja capaz de bloquear a ação dos neuropeptídeos estimuladores do apetite, bem como a inibir a ação de outras proteínas relacionadas à resistência à leptina.
Antes de buscarmos um corpo ideal por que não pensarmos num tratamento ideal? Assim, o mais recomendado é sempre procurar um médico que lhe oriente quanto ao que deve ser feito. E, caso você não se encontre nessa situação procure se informar melhor sobre os fármacos e seus efeitos acessando os sítios: http://www.emagrecentro.com.br/saudenutricaos/medicamentos.asp
http://www.srsdocs.com/parcerias/revista_imprensa/diversos/2007/div_2007_01_09_07_k.htm